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09/07/2009 CORREIO DO POVO
PGR agiliza análise de documentos sobre Yeda
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suceder Antônio Fernando Souza na Procuradoria-Geral da República, Roberto Gurgel respondeu ontem ao questionamento do senador Pedro Simon, do PMDB, sobre as denúncias envolvendo a governadora Yeda Crusius. Segundo o novo procurador, 'um subprocurador já foi designado para tratar do caso e deverá se pronunciar ‘em breve’ sobre essas denúncias.' O novo procurador-geral salientou que sabe da repercussão do assunto no RS e que agirá o quanto antes sobre o tema.
Gurgel teve o nome aprovado ontem no plenário do Senado por 60 votos a cinco. Antes, Gurgel havia sido sabatinado e aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Durante a sabatina na CCJ, a manifestação do novo procurador-geral foi marcada pela defesa do uso de escutas telefônicas nas investigações. Na avaliação dele, as interceptações são necessárias, desde que sejam autorizadas e sem excessos. Gurgel afirmou que é 'ilusão' acreditar que os 'meios tradicionais de prova' são suficientes numa investigação.
Aos 54 anos, ele é vice-procurador-geral da República desde 2004. É apontado como uma continuidade do estilo de atuação de Antônio Fernando de Souza. Foi o mais votado na lista de três nomes indicados pela Associação Nacional dos Procuradores da República.
Para os senadores, Gurgel criticou o que chamou de 'discurso de um garantismo absoluto' em favor dos acusados. 'O Ministério Público tem feito questão de afirmar que, além da preocupação com o acusado, deve haver também preocupação com a efetividade da tutela penal. O Judiciário não pode e nem deve se esquecer disso', afirmou.