20/10/2011 CORREIO BRAZILIENSE
Para que o crescimento real da arrecadação não ultrapasse as estimativas oficiais de 11,5%, será necessário que entre menos dinheiro no último trimestre. Segundo a secretária-adjunta da Receita Federal, Zayda Manatta, até o fim de 2011, o recolhimento não deverá crescer mais do que 10%. Em dezembro, pode haver queda, pois o governo teve receitas extraordinárias no fim de 2010. Segundo o coordenador-adjunto de Previsão e Análise, Marcelo Gomide, a Receita recolheu à época cerca de R$ 6 bilhões de Imposto de Renda, PIS e Cofins.
Antecipação
O resultado de setembro decorre da antecipação de parcelas do Refis da crise, cujo valor recolhido de junho a setembro foi de R$ 16,2 bilhões. Apenas em setembro, entraram R$ 2,472 bilhões, contra R$ 1,850 bilhão em agosto. No ano, influiu de forma positiva o recolhimento de R$ 5,8 bilhões depositados pela Vale, após perder ação judicial relativa à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, além do encerramento das desonerações do IPI sobre automóveis, a partir de abril de 2010.