06/06/2011 CORREIO DO POVO
Mais uma vez, o PT gaúcho fez valer a disciplina e aprovou resolução no diretório estadual oficializando o apoio irrestrito ao plano de sustentabilidade financeira encaminhado pelo governo Tarso à Assembleia. Entre os itens polêmicos do pacote está a elevação da contribuição da Previdência, de 11% para 16,5%, para os valores que excederem o "teto" de R$ 3.689,66. Tradicionalmente, a bancada petista, hoje com 14 deputados, fecha questão e vota unida em plenário. Não seria diferente agora que o partido está no comando do Piratini. Sob pressão cerrada de sindicatos de servidores, que prometem paralisar atividades durante os dias em que o pacote estiver em discussão na Assembleia, porém, o desafio do governo será convencer demais aliados a também votarem unidos. Na prática, o Executivo tem 32 votos, número necessário à aprovação dos projetos, mas que permite margem mínima para possíveis dissidências.
A cobrança virá
Aliados do governo precisam ter em mente que dissidências em plenário, principalmente se representarem a diferença entre o êxito e a derrota na votação dos projetos do pacote, não passarão em brancas nuvens. Desde antes da posse, Tarso Genro dava declarações de que cobraria fidelidade de sua base.
TALINE OPPITZ