17/05/2011 CORREIO DO POVO
Piratini não resistiu às pressões de aliados, que temem prejuízos eleitorais
O governo do Estado admitiu ontem aos aliados, durante reunião do Conselho Político, retirar a urgência do projeto que regulamenta a inspeção veicular ambiental. O projeto, juntamente com aquele que prevê alterações na Previdência pública estadual, o que estipula mudanças no pagamento de Requisições de Pequeno Valor (RPVs) e o que trata da taxa ambiental, integra o pacote de reestruturação financeira que será enviado para a Assembleia entre os dias 23 e 24 de maio. "Encaminhamos a questão da retirada da urgência da inspeção. Em relação ao da Previdência, o que deve haver é apenas um detalhamento maior dos cálculos", informou o presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Jr.
Após o encontro do Conselho Político, realizado pela manhã, Bolzan tratou sobre o tema na reunião da executiva do PDT, que aconteceu à tarde. Na avaliação do pedetista, apesar das polêmicas, o pacote passará pela Assembleia Legislativa.
"Houve certo consenso e o governador concordou com a retirada da urgência da inspeção veicular. As bancadas têm a necessidade de discutir o projeto mais profundamente", completou o presidente do PSB, Caleb de Oliveira. Segundo Caleb, apesar de a questão não ter sido tratada em profundidade, durante a reunião já foi abordado também o tema da remodelação na política de incentivos fiscais.
O presidente do PT, deputado Raul Pont, disse que a retirada da urgência da inspeção veicular não ficou determinada, apesar da sinalização positiva do governo. Mas ele mesmo está entre os que argumentam que não há necessidade de votar o projeto em regime de urgência. "É o típico projeto em que a urgência não é necessária. A repercussão não é imediata." Em relação ao projeto que trata da Previdência, Pont deu mostras de que poderá haver pequenos ajustes. "O teto, por exemplo, pode ser um pouco superior. Não há nada que obrigue a ser o teto do regime geral. Isso é negociável. Os sindicatos podem sugerir aos deputados."