05/05/2011 CORREIO DO POVO
Os representantes das entidades de classe do funcionalismo acreditam que se trata de um blefe do Executivo a elevação do desconto previdenciário para 16,5%. "Isso só pode ser bode na sala. O Delfim Neto já fazia isso. Jogaram em 16,5% para os servidores lutarem por uma redução para 13% ou 14%. Isso é um confisco absurdo que vai ser considerado inconstitucional", afirmou Abel Ferreira, presidente da Associação dos Fiscais de Tributos Estaduais (Afisvec).
O fundo de previdência, que deverá ter contribuições paritárias de 11% entre servidores e Executivo, foi considerado insuficiente. "Tecnicamente o esquema de um por um é insuficiente. Vai estourar lá na frente. Essa proposta não teve estudo atuarial. É chutômetro", afirmou Artur Desessards Jr., diretor de previdência do IPE.
O presidente da Ajuris, João Ricardo dos Santos Costa, disse ontem que não há como aceitar o aumento de alíquota. "Nossa ideia é criar um regime próprio, sem diferenciação entre novos e antigos, e que não tire direitos. Esse aumento de alíquota é o primeiro passo para a previdência complementar e o projeto que o Estado está propondo não é de previdência, é de caixa", criticou João Ricardo.