25/03/2011 O GLOBO
Ao falar de reforma tributária, a presidente não detalhou as medidas que serão apresentadas ao Congresso. Durante a campanha eleitoral, ela defendeu a proposta de desoneração da folha salarial, por exemplo. Segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), a presidente apenas ressaltou que serão medidas pontuais, sem uma reforma geral no sistema tributário.
- No caso da reforma tributária, vamos discutir medidas fatiadas. A presidente disse que é importante ir melhorando o sistema tributário, corrigindo desigualdades tributárias, através de dispositivos diferenciados. A presidente também disse que vai defender os direitos humanos em todos os fóruns, independentemente do país que for - disse Jucá.
A presidente, segundo os parlamentares, citou inclusive o caso do apedrejamento da iraniana Sakineh Ashtiani.
- O Brasil, sob sua orientação, vai defender interna e externamente os direitos humanos. Internamente é preciso dar passos importantes, como aprovar a Comissão da Verdade - relatou o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio.
- A presidente disse também que o Brasil precisa resolver as suas questões de direitos humanos para falarmos sobre as questões de direitos no exterior. Ela falou que é contra qualquer forma de entrarmos na cultura de outro país pela violência. Ela trabalha em cima da cultura de paz da nação brasileira no relacionamento internacional - disse o líder do Lincoln Portela (PR-MG).
Presidente faz defesa de corte de R$50 bi
No campo econômico, Dilma fez uma defesa do corte de R$50,7 bilhões no Orçamento.
No caso dos "restos a pagar", a decisão de Dilma foi de garantir o pagamento das emendas dos parlamentares que beneficiam obras e projetos de prefeituras. Segundo líderes que participaram do encontro, a presidente disse que serão mantidos os pagamentos de obras já iniciadas pelas prefeituras. Até o final de abril, o governo deve editar um novo decreto, fixando procedimentos de pagamento e separando as obras em categorias, das iniciadas e não.
Segundo os aliados, Dilma estava muito paciente, deixando todos falarem e respondendo a todos. A presidente se comprometeu a discutir com os aliados programas sociais importantes e agradeceu a fidelidade da base na votação do salário mínimo.