09/02/2011 JORNAL DO COMÉRCIO
Estimular o crescimento do Rio Grande do Sul aos mesmos níveis do crescimento nacional, reduzir as desigualdades regionais e adensar as cadeias produtivas, agregando a fabricação de componentes dentro do território gaúcho, serão as metas do Sistema de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, que teve ontem suas diretrizes apresentadas no Palácio Piratini.
De acordo com o governador Tarso Genro e o Secretário do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, a execução do sistema deverá ser definida e iniciada dentro de 60 dias. "O sistema dá base para a maior competitividade de nosso Estado", afirmou Tarso. "Temos uma conjuntura internacional de oportunidades ímpares para crescimento, e precisamos articular os autores chaves para tornar o Rio Grande do Sul mais competitivo", defendeu Knijnik.
O projeto consistirá em uma base de ações e metas para estimular setores estratégicos para o crescimento do Estado, envolvendo cooperativas, indústrias e setores ligados à infraestrutura. Os segmentos apontados como prioritários terão opções de financiamento junto a bancos regionais, como Banrisul, BRDE e Caixa RS, sob a coordenação da Secretaria do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, por meio da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção de Investimentos.
Algumas das diferenças em relação ao modelo anterior de desenvolvimento do Estado, de acordo com o governador, serão o apoio financeiro aos pólos de tecnologia e o benefício a micro e pequenas empresas.
Tarso afirmou que a criação do Sistema está sendo possível graças às ações adotadas pelo novo governo no início de sua gestão, como a aprovação de projetos junto à Assembleia Legislativa, a criação do Conselho de Desenvolvimento e a aproximação com o governo Federal.
O governador afirmou, ainda, que o governo estuda criar uma agência de participação para novos projetos empresariais. "Estamos pensando em um órgão de participação para nos associar a empresas que possam vir ao Rio Grande do Sul", disse Tarso. O plano está sendo traçado diretamente pela Secretaria do Desenvolvimento.
De acordo com o governador, desde o início do ano, aproximadamente 15 empresas de grande porte o procuraram para manifestar seu interesse em investir no Estado, e três destas têm seus planos de ação em fase avançada. Uma efetivamente firmou protocolo de intenções para investimentos - a norte-americana Manitowoc Crane Group, que aportará R$ 70 milhões para a construção de uma fábrica de guindastes em Passo Fundo. As outras duas ainda finalizam seus projetos. "Dentro de 30, 60 dias, deveremos ter anúncios de grandes investimentos produtivos no Rio Grande do Sul", disse Tarso Genro. Cogita-se que os novos investimentos poderão somar R$ 2 bilhões. Os projetos estariam dentro das diretrizes do Sistema de Desenvolvimento. A alteração do Fundopem é apontada como estratégica para atrair estas novas companhias.