31/01/2011 FSP
Maia conta com apoio de 21 dos 22 partidos na Casa
DE BRASÍLIA
Favorito, Marco Maia (PT-RS), 45, se tornou o candidato do governo à presidência da Câmara graças ao apoio de petistas insatisfeitos com a distribuição de cargos e o "paulistério" -supremacia de paulistas no primeiro escalão.
A equipe da presidente Dilma Rousseff tentou influenciar na decisão, sem sucesso. Cândido Vaccarezza (PT-SP) era o preferido.
Após ser escolhido no partido em dezembro, Maia partiu para uma campanha intensa. Viajou pelos Estados e conseguiu angariar 21 partidos, dos 22 com representação na Câmara. Só o PSOL não aderiu ao petista.
Para obter apoios, fez inúmeras promessas na distribuição de cargos de comando. O PT, inclusive, abriu mão de vaga a que teria direito na Mesa Diretora.
Tem como propostas a "representação proporcional e plural das forças políticas" e defesa da autonomia parlamentar na elaboração de leis, entre outras.
Em seu terceiro mandato, Maia iniciou a carreira política no movimento sindical. No Congresso, atuou ao lado do governo na CPI do Tráfego Aéreo em 2007 e fez relatório que isentou a Anac de responsabilidade pela crise aérea.
Maia não tem formação superior, é casado e tem um filho.