21/12/2010 CORREIO DO POVO
A organização da solenidade de posse do governador eleito Tarso Genro (PT) se tornou mais um momento de tensão nas relações com a governadora Yeda Crusius (PSDB). Os petistas esperavam colaborar com sugestões e almejavam desmembrar a cerimônia. A intenção era fazer somente a posse de Tarso no dia 1 de janeiro, deixando para o dia 3 a realização de um "grande evento", no Palácio Piratini, que facilitaria o acesso do público e marcaria a posse do Secretariado.
No entanto, petistas reclamam que Yeda tomou uma decisão "unilateral". "Tentamos conversar sobre uma série de iniciativas, mas infelizmente não contamos com o suporte e a disposição do atual governo para fazer o evento conforme planejávamos", lamentou o futuro chefe de Gabinete de Tarso, Vinícius Wu, que disse ter colocado uma equipe de pessoas vinculadas à transição para ajudar o cerimonial do Piratini na preparação do ato.
A falta de informação sobre a posse também incomoda. "Não temos nem a planta baixa do Palácio para saber onde colocar os convidados", disse Wu.