22/11/2010 PORTAL R7
Os impostos pagos pelos brasileiros vão atingir a marca inédita de R$ 1,1 trilhão nesta segunda-feira (22), segundo a ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
Esse valor todo seria suficiente para pagar salários mínimos, hoje em R$ 510, para 2,156 bilhões de pessoas; comprar 3,52 bilhões de cestas básicas, hoje em R$ 312; ou adquirir 137.500 unidades do Pagani Zonda Cinque, de R$ 8 milhões.
Na semana passada, o Impostômetro estava na casa dos R$ 1,085 trilhão. A marca de R$ 1 trilhão foi superada no fim de outubro, quase 50 dias antes do que o registrado em 2009. A estimativa é de que até o dia 31 de dezembro, o relógio passe de R$ 1,2 trilhão – ou R$ 200 bilhões a mais do que tudo o que foi arrecadado no ano passado.
Segundo Alencar Burti, presidente da ACSP e Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), neste ano há um cálculo aproximado de R$ 112 bilhões a mais do que em 2009. Ele diz que esse valor extra equivale a quase três arrecadações da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), imposto extinto em 2007, que significava grande acréscimo de grana nos cofres do governo.
- Não entendemos quais as razões que movem políticos a tentar recuperar a CPMF, ao invés de cortar gastos e despesas do governo para obter mais recursos para investimentos em saúde, educação, segurança e na infraestrutura do país.
Segundo dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), proporcionalmente, o brasileiro trabalhou 148 dias em 2010 só para pagar seus impostos. Os outros 217 dias do ano ficaram disponíveis para ele gastar consigo ou com a família.
No ranking dos impostos do mundo, o país fica atrás somente da Suécia e da França, onde são necessários 185 e 149 dias trabalhados, respectivamente, para pagar os tributos. Neste ano, a previsão é de que o brasileiro destine 40,54% da sua renda para pagar impostos.