12/11/2010 O GLOBO
Esta proposta manteria a diferença existente hoje entre os salários dos ministros do Supremo - que servem de referência para o teto do funcionalismo - e de parlamentares e ministros. A alegação é que os ministros do Supremo são cargos de carreira, enquanto parlamentares, ministros e presidente da República são funções políticas.
O vice-líder do governo no Congresso e representante do governo na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Gilmar Machado (PT-MG), argumenta que os cargos têm "natureza distinta" e não podem, portanto, ter a mesma remuneração.
- Ter o mesmo tratamento é muito complicado, porque nós, parlamentares, por exemplo, não somos funcionários públicos. O meu cargo de deputado é de natureza distinta. Temos que encontrar um equilíbrio - disse Gilmar Machado.
O líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF), senador eleito, está entre os que defendem como limite de reajuste a perda inflacionária dos últimos anos:
- O assunto é inoportuno e inadequado. Primeiro deveríamos discutir uma agenda positiva para os próximos 40 dias. Defendo que o limite seja a perda inflacionária.
O último reajuste dos parlamentares foi votado em julho de 2007, com os subsídios elevados de R$ 12,8 mil para R$ 16,5 mil. Na época, também foram reajustados os vencimentos do presidente da República, vice-presidente e ministros. Na ocasião, Lula ganhava R$ 8,9 mil e passou a receber R$ 11,4 mi, e os ministros, R$ 10,7 mil.