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20/10/2010 CORREIO DO POVO
Petista projeta reforma na Previdência
O incentivo às discussões que culminem na aprovação de uma reforma da Previdência estadual foi um dos compromissos assumidos pelo governador eleito Tarso Genro (PT) ontem à tarde, quando ele participou de um seminário com integrantes da Agenda 2020, em Porto Alegre. O petista disse "concordar" com a visão da entidade, que aponta o déficit previdenciário de R$ 4 bilhões somente em 2010 como um dos entraves aos investimentos e ao crescimento econômico.
"Precisamos ter um piso decente e um teto. Enfrentaremos resistências duras na sociedade, principalmente no Judiciário", disse Tarso, antevendo o potencial polêmico da pauta. Ele afirmou que não mexerá em direitos adquiridos dos servidores, mas ressaltou que será preciso discutir a agregação dos "privilégios adquiridos" aos salários.
"A reforma da Previdência não pode ferir direitos adquiridos. Mas o Poder Judiciário terá que definir o que são direitos e o que são privilégios", comentou Tarso. Ele disse que o processo requer "cautela" e "consenso".
Tarso pedirá que Yeda mude secretarias
O governador eleito Tarso Genro (PT) afirmou ontem, na Assembleia, durante manifestação na 2 Marcha Gaúcha da Famurs, que pretende redesenhar o primeiro escalão do Palácio Piratini antes do término da gestão da governadora Yeda Crusius (PSDB).
"Pretendemos enviar para a Assembleia ainda neste ano, caso a governadora Yeda concorde, uma proposta de reorganização do primeiro escalão do governo gaúcho", afirmou o petista, que deseja construir as condições consideradas ideias para o início da sua administração antes mesmo da posse. A intenção é vencer barreiras que possam atrapalhar os primeiros passos da gestão em janeiro. O projeto irá propor a criação, extinção e unificação de pastas. No evento da Famurs, Tarso disse ainda que irá inaugurar uma estrutura de primeiro escalão para prestar atendimento técnico aos prefeitos, além de ajudá-los na captação de financiamentos. O envio do projeto à Assembleia ainda em 2010 será debatido em novembro, no gabinete de transição.