19/10/2010 ZERO HORA
Os integrantes da Agenda 2020 recebem nesta terça-feira o governador eleito, Tarso Genro (PT), para selar um compromisso público de trabalhar pela recuperação econômica do Estado. A reunião está marcada para as 14h, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. A assessoria do futuro governador confirmou a presença de Tarso no encontro.
Diretor executivo da Agenda 2020, Ronald Krummenauer definiu o compromisso como uma participação ativa nas propostas de solução para os problemas estratégicos do Rio Grande do Sul, diagnosticados pelo grupo. A Agenda 2020 foi elaborada por 350 técnicos voluntários que representaram 165 instituições do Estado, entre sindicatos, universidades e associações de classe.
O estudo, que desde 2006 se debruça sobre 10 temas relevantes para a retomada do desenvolvimento gaúcho, gerou 96 propostas e 37 projetos.
Na avaliação do grupo, o Rio Grande do Sul deixa de agregar cerca de R$ 20 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) por não levar adiante reformas estruturais. Segundo Krummenauer, os projetos estão à disposição do governo para serem usados em parte ou integralmente.
— Se o governo quiser, também podemos aprofundar estudos e auxiliar tecnicamente nas negociações políticas com a Assembleia Legislativa — antecipou.
Leia mais: Veja quais são os principais desafios que o Estado precisa superar
O diretor da Agenda disse ainda que já combinou uma série de reuniões temáticas com técnicos vinculados ao futuro governo para começar a detalhar as propostas. De acordo com Krummenauer, mais de 60% dos pontos tratados pela Agenda 2020 têm convergência com o programa de governo do PT.
Integrante do PT diz que há pontos de convergência
Coordenador da campanha do governador eleito, Carlos Pestana confirmou que há pontos de convergência entre as propostas defendidas pelo PT e as sugestões da Agenda — especialmente em relação à infraestrutura, como estradas e aeroportos, e a demandas da área da saúde. Pestana, entretanto, previu "dificuldades" em temas como a redução da participação do Estado em serviços de mercado, como os fornecidos por CEEE e Banrisul.
— Mas em termos de previdência pública, há consenso que se trata de um problema urgente. Vamos iniciar esse debate antes mesmo da posse, a partir da constituição de um grupo de trabalho — explicou Pestana.