02/09/2010 CORREIO DO POVO
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, negou ontem que pretenda recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), tributo que ficou conhecido como imposto do cheque. A contribuição incidia sobre movimentações financeiras, com alíquota de 0,38%, e tinha como objetivo financiar ações na área da saúde. Com a derrubada da CPMF pelo Senado, em 2007, o governo perdeu R$ 40 bilhões em arrecadação anual. "Não, eu não penso em recriar a CMPF, porque acredito que não seria correto", disse Dilma, em entrevista.
Apesar da negativa, ela continua a reclamar das perdas geradas com o fim do tributo. "Reclamo sempre que ninguém pode perder R$ 40 bilhões e achar que as coisas continuam iguais", disse. Na avaliação dela, o crescimento econômico terá como efeito o aumento da arrecadação. "E esse aumento, acho, deveria ir prioritariamente para a saúde."
Dilma também se defendeu das acusações feitas pelo adversário José Serra (PSDB), de que pessoas ligadas a ela estariam por trás do vazamento do sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do presidenciável, e de outros tucanos. A petista, em entrevistada ao SBT Brasil, ainda devolveu a acusação: "O partido do candidato adversário e o candidato adversário são vazadores contumazes". Ela disse não entender o que leva Serra a fazer uma acusação tão leviana. "Quando isso aconteceu, em setembro de 2009, eu nem candidata era", acrescentou. Para ela, Serra usa "a calúnia e a leviandade" para obter vantagem eleitoral.