31/08/2010 CORREIO DO POVO
Taline Oppitz
O próximo governador ou governadora do Estado, independentemente de quem seja, terá de estar preparado para lidar com a pressão do funcionalismo desde os primeiros dias de mandato. A ameaça veio de Sérgio Arnoud, presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Fessergs), que conta a filiação de mais de dez sindicatos de diferentes categorias. O aviso foi feito ontem, data do painel promovido pela Fessergs com os candidatos ao Piratini, que acabou cancelado pela ausência de Tarso Genro, José Fogaça e da governadora Yeda Crusius. "Isto é um desrespeito. Os candidatos não querem sequer debater com o funcionalismo. O próximo governante irá entrar no Piratini sob forte pressão dos servidores civis e militares. Será a nossa resposta à ausência, à desconsideração. Nós vamos assediá-los", disse Arnoud, em entrevista ao programa "Esfera Pública", da Rádio Guaíba. Entre os temas que seriam discutidos estavam a revisão anual dos salários, a contrariedade à implantação da meritocracia e a previdência complementar. Para não perder os recursos gastos na organização do debate, nem a mobilização dos servidores, já que cerca de 20 ônibus vieram do Interior, a Fessergs decidiu transformar o ato em uma plenária.
Na hora H
Apesar da expectativa de servidores, Yeda e Tarso não haviam confirmado presença no debate da Fessergs. Fogaça confirmou, mas desmarcou o compromisso, segundo Sério Arnoud, por meio de "uma carta lacônica", cerca de duas horas antes do evento, marcado para as 14h.