28/06/2010 CORREIO DO POVO
Até a próxima quarta-feira, prazo final para convenções partidárias, ao menos oito candidatos a governador ou ao Senado terão suas postulações confirmadas, apesar do risco de impugnação pela Justiça Eleitoral, com base na Lei da Ficha Limpa. Todos afirmam que recorrerão, caso sejam barrados.
Estão nesta situação o pré-candidato ao governo do Maranhão Jackson Lago (PDT) e o deputado federal Jader Barbalho (PMDB), aspirante a uma vaga no Senado pelo Pará. O primeiro foi cassado do cargo de governador em 2009, e Jader renunciou ao mandato de senador - acusado de quebra de decoro - para escapar da cassação. Nos dois casos, a nova lei aumentou de três para oito anos o período de inelegibilidade.
"Se houver impugnação, vamos contestar", afirma o advogado do pré-candidato a governador no Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC), Eládio Carneiro. Roriz renunciou ao mandato de senador para fugir de uma cassação.
O ex-governador Ronaldo Lessa (PMDB) tenta voltar ao governo alagoano. Cássio Cunha Lima (PSDB), ex-governador, quer disputar uma vaga no Senado pela Paraíba. Ambos foram cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral. Completam a lista o ex-governador Anthony Garotinho (PR), pré-candidato ao governo do Rio, Expedito Júnior (PSDB), postulante ao governo de Rondônia, e Marcelo Miranda (PMDB), aspirante ao Senado no Tocantins. Cassado por abuso de poder econômico na eleição de 2008, Garotinho tenta, sem sucesso, reverter a inelegibilidade. (26/6)