09/06/2010 JORNAL DO COMÉRCIO
A Assembleia Legislativa (AL) aprovou ontem três projetos de lei que garantem 4,76% de reajuste nos salários dos servidores do Judiciário, Ministério Público e Assembleia Legislativa. As matérias foram encaminhadas pelas próprias instituições e passam a valer a partir de 1 de julho. Todas passaram com o voto de 40 deputados.
A estimativa do impacto no orçamento do Estado em 2010 é de R$ 34,7 milhões. Em 2011 e 2012, atingirá R$ 66,7 milhões. O Judiciário vai gastar R$ R$ 24,4 milhões a mais em 2010, e R$ 46,9 milhões por ano em 2011 e 2012, com o reajuste. O MP, R$ 4,6 milhões em 2010 e R$ 8,4 milhões para cada um dos dois exercícios seguintes.
Na Assembleia Legislativa, a estimativa da Superintendência Financeira é que sejam gastos R$ 5,7 milhões em 2010 e R$ 11,4 milhões em 2011 e em 2012.
Outra votação aguardada no Parlamento gaúcho, o reajuste do salário-mínimo regional, deverá acontecer somente durante a Copa do Mundo. Isso porque os deputados ainda não conseguiram entrar em consenso quanto a um percentual definitivo.
O impasse reflete as desavenças entre trabalhadores e empresários. Enquanto as centrais sindicais reivindicam 9,6% - após recuar de uma posição inicial que pedia 14% -, as federações empresariais, que propunham 3,54%, admitem os 6,9% enviado pelo governo como a melhor opção.
Ontem, a apreciação da matéria foi adiada mais uma vez. Na semana que vem - em função do jogo do Brasil, que acontece na terça-feira -, a reunião de líderes acontecerá na quarta-feira pela manhã e decidirá se o texto vai ou não a plenário.
O deputado Heitor Schuch (PSB) já começou a recolher assinaturas dos parlamentares na tentativa de angariar apoio para protocolar uma emenda instituindo o aumento de 9,6% requisitado pelos trabalhadores.