07/06/2010 CORREIO DO POVO
Denise Nunes
Época de campanha eleitoral, voltam as promessas por reformas estruturais, nunca cumpridas. É o caso da reforma tributária, alvo de compromisso assumido pelos atuais pré-candidatos à Presidência, em encontro recente com empresários paulistas. O ex-governador Germano Rigotto, que acompanha o assunto há quase 16 anos (os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso e os dois de Lula), repete um mantra já antigo: se a reforma tributária não for feita no primeiro ano de governo, seja qual for o presidente, não será mais. "Antes de se falar em reforma tributária, a sociedade e os pré-candidatos deveriam discutir seu conteúdo", diz ele, lembrando os inúmeros projetos elaborados até agora. O último está parado no Congresso. Para o ex-governador, faltou vontade política aos governos, que deveriam liderar o processo. Também faltou cobrança da sociedade, afirma ele. "A reforma dependerá de muita pressão. Caso contrário, se limitará a questões pontuais", conclui.