08/10/2020 GaúchaZH
Depois de atingirem o fundo do poço em abril, por causa dos impactos da pandemia de coronavírus na atividade econômica, a indústria e o comércio do Rio Grande do Sul engataram o quarto mês consecutivo de crescimento.
Indicadores divulgados nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em agosto, a produção industrial gaúcha avançou 5,2% frente a julho, enquanto as vendas do comércio tiveram expansão de 3,3% na comparação com o mês anterior.
Entre as 15 localidades analisadas na Pesquisa Industrial Mensal — Produção Física (PIM-PF), o Rio Grande do Sul apresentou o terceiro maior crescimento em agosto, ficando atrás de Santa Catarina (6%) e Ceará (5,7%). No país, o indicador avançou 3,3% no período.
Entretanto, frente a agosto de 2019, as fábricas gaúchas têm queda de 1,6% na atividade. Além disso, o tombo na soma dos oito primeiros meses do ano é de 12,4%, e no acumulado dos últimos 12 meses chega a 9,1%.
Entre os 14 setores analisados no Estado, nove tiveram crescimento na comparação com agosto de 2019. O resultado foi puxado pelo segmento de fabricação de bebidas, com alta de 22,5%. Na sequência aparecem, produtos de metal exceto máquinas e equipamentos (17,1%) e produtos de fumo (17%).
Por outro lado, as maiores quedas foram registradas nos ramos de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-46,6%), fabricação de veículos, reboques e carrocerias (-10,4%) e produtos de minerais não-metálicos (-7,4%). O IBGE não divulga o recorte setorial da variação frente ao mês anterior.
Já a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) indicou que o volume de vendas do comércio varejista ampliado (incluindo os ramos de material de construção e veículos, motocicletas, partes e peças) gaúcho cresceu 3,3% — abaixo da média nacional, que apurou avanço de 4,6%.
Na comparação frente a agosto de 2019, o desempenho do Rio Grande do Sul tem retração de 1,9%, enquanto no acumulado entre janeiro e agosto de 2020 há queda de 7,6%. Em 12 meses, o recuo chega a 4,7%.
No entanto, em agosto, as vendas do comércio varejista (excluindo material de construção e veículos) caíram 0,2% no Rio Grande do Sul, enquanto no Brasil cresceram 3,4%.
Dos 10 segmentos analisados no Estado, quatro tiveram crescimento frente a agosto de 2019. Neste contexto, os melhores resultados aconteceram nos ramos de material de construção (17,8%), móveis e eletrodomésticos (14,7%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e fumo (7,5%).
Na contramão, aparecem livros, jornais, revistas e papelaria (–31,7%), tecidos, vestuário e calçados (-27,9%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-23,2%). No comércio, o IBGE também não divulga o recorte setorial da variação frente ao mês anterior.