05/04/2010 CORREIO DO POVO
O encontro entre a governadora Yeda Crusius e integrantes da cúpula do PSDB hoje deverá bater o martelo sobre o substituto de Otomar Vivian (PP) na Casa Civil. A exemplo da escolha de Mateus Bandeira para a presidência do Banrisul, quando Yeda o incluiu em sua cota pessoal e apenas comunicou a sua decisão, o novo titular será uma pessoa da confiança da tucana.
Além do presidente da CEEE, Sérgio Camps de Moraes (PPS), nos últimos dias ganhou força a possibilidade do ex-secretário de Relações Institucionais José Alberto Wenzel (PSDB) retornar à Casa Civil. A manutenção do adjunto Leonardo Hoff também não está descartada. O complexo quebra-cabeça que envolve a recomposição de peças-chaves do Executivo tem sido tratado com cautela pelo governo. Com o quadro de alianças políticas indefinido, a governadora tem optado por colocar pessoas de sua confiança em cargos que podem ser alvo de disputa entre possíveis aliados.
Mais forte concorrente para ficar na Casa Civil, Camps tem como trunfo ter comandado a CEEE e a reconhecida afinidade com a governadora. E apesar de não ter oficializado a coligação com o PSDB, o PPS dá sinais de que deve andar junto com os tucanos nas eleições estaduais. Com a escolha de Camps, Yeda contentaria o PPS, que reivindica mais espaço, e encerra a disputa pela Casa Civil.
Pré-candidato ao Senado, Wenzel tem a seu favor a experiência de ter permanecido à frente da Casa Civil num dos períodos de maior turbulência do governo. Filiado ao PP, Hoff conta com a simpatia de lideranças. O progressista daria continuidade ao trabalho de Vivian.