27/01/2020 Correio do Povo
A pós as articulações das últimas semanas, agora efetivamente começarão os debates em plenário sobre os projetos da reforma estrutural proposta pelo Executivo. E, mesmo que ao longo do dia de hoje, os deputados ainda estejam tratando da organização da convocação propriamente dita, nos bastidores o foco está concentrado na votação em plenário do primeiro projeto: a proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera dez artigos, entre eles o que envolve vantagens dos servidores. Mas não é só por sua complexidade que a proposta requer atenção do Executivo. Na prática, é pelo fato de que, para ser aprovada, depende de 33 votos favoráveis. Contando que os deputados que integram a oposição (PT, PDT e PSol) não mudarão os seus votos, o governo precisará trabalhar até o último minuto para garantir cada apoio. Qualquer baixa pode comprometer o êxito do Executivo. Além disso, como o governo optou por não fazer alterações na PEC, encaminhada em novembro de 2019, mas aceitou sugestões de aliados, as emendas deverão ser apresentadas em plenário. Com as mudanças, provavelmente as discussões não serão rápidas. Nos bastidores, deputados consideram esse o projeto mais difícil e que, caso o governo obtenha os votos, poderá facilitar a discussão dos demais textos. Além disso, é preciso lembrar que a mobilização dos servidores vai aumentar, como já tem sido verificado pelo chamamento feito por entidades e sindicatos. Não deverá ser uma discussão silenciosa