23/01/2020 Correio do Povo
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vê com preocupação o reajuste da tabela do frete fixado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na última semana. Para a entidade, o piso mínimo agrava distorções no transporte de cargas e terá impacto direto nos preços dos produtores que chegam ao consumidor. O valor do frete sofreu reajuste que varia de 11% a 15%, de acordo com o tipo de carga e operação. A atualização está prevista na legislação que estabeleceu a tabela do frete em maio de 2018. Cabe à agência reguladora divulgar novos parâmetros para o cálculo a cada seis meses. "O resultado será o aumento da inflação, já que a política de preços mínimos trouxe distorções para a economia e a consolidação da tendência iniciada no ano passado de verticalização do transporte de cargas na indústria, por meio da compra de frota própria de caminhões", diz a nota. Autora de uma das ações que contesta a criação da tabela do frete no Supremo, a CNI aguarda o julgamento sobre o assunto, previsto para 19 de fevereiro. A CNI argumenta que a política de piso "viola os princípios da livre iniciativa, da livre concorrência e de defesa do consumidor" já que o frete afeta o preço final dos produtos. A resolução da ANTT determinou o pagamento do frete retorno para algumas categorias, atualização de valores de itens como pneu e manutenção dos caminhões e pagamento das diárias. As novas regras entraram em vigor dia 20