Cintra afirmou que a equipe econômica está trabalhando num projeto para apresentar ao Congresso depois da aprovação da reforma da Previdência, mas o texto ainda não está finalizado.
"Mais um pouquinho de paciência. Vamos finalizar a (reforma) previdenciária e depois nos vamos começar todo o (processo) tributário no momento correto", disse o secretário na saída de um evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A proposta que tramita na Câmara, do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), acaba com três impostos federais — IPI, Pis e Cofins — e extingue ICMS e ISS, tributos estadual e municipal, respectivamente. O projeto substitui os cinco impostos pelo IBS — Imposto sobre Bens e Serviços.
A proposta em elaboração no Ministério da Economia prevê a fusão do IPI, PIS, Cofins e CSLL e a contribuição empresarial sobre a folha salarial em um único imposto, que seria cobrado sobre os pagamentos e compra e venda de bens e serviços.
Durante um discurso na CNI, Marcos Cintra defendeu a tributação sobre a movimentação financeira.
"A movimentação financeira é a síntese de todas as bases tributárias convencionais conhecidas. Seja geração de renda, seja receita de circulação de mercadorias, seja transações de patrimônio. Todos eles de certa forma se sintetizam dentro desse conceito do pagamento e da transação financeira, que pode e deve ser utilizado, logicamente com todos os devidos cuidados e todas as devidas cautelas, como uma base tributária moderna", afirmou.