Na quinta-feira, em Washington, o ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu a um "senso político superior qualquer" a decisão de Maia de "avançar" numa reforma tributária. Guedes disse ainda temer que a dispersão de foco atrapalhe a aprovação da reforma da Previdência.
"Meu amigo Paulo Guedes mandou um recado do exterior pela imprensa. Mas não é intenção minha atropelar discussões do Executivo", disse Maia, a uma plateia de cerca de 300 pessoas, entre empresários e conselheiros da Fiesp e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
De acordo com Maia, depois que a reforma da Previdência for aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara, o colegiado pode discutir as mudanças tributárias. Ele disse que vai aguardar as emendas do governo e do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) ao texto do ex-parlamentar Luiz Carlos Hauly (PSDB) e do economista Bernard Appy para dar início à tramitação.