14/01/2010 JORNAL DO COMÉRCIO
Bruno Gazola, especial para o JC
As eleições gerais de outubro, embora distantes, já anunciam algumas mudanças dadas como certas no Executivo e no Legislativo gaúcho. As conversas ainda muito tímidas entre partidos aliados e governo já dão lugar às especulações sobre possíveis saídas do primeiro escalão do governo de Yeda Crusius (PSDB). Seis meses antes do pleito, secretários que hoje ocupam cargos administrativos deverão entregar as pastas até o dia 30 abril, segundo previsto no código eleitoral. A data limite para a desincompatibilização pode gerar uma grande dor de cabeça para o Piratini, que terá a difícil tarefa de montar o quebra-cabeça do secretariado para não fazer a máquina parar durante o ano eleitoral. Os candidatos concorrerão a novos mandatos ou tentarão manter aqueles dos quais estão licenciados. Ao menos dez secretários, além do próprio vice-governador, Paulo Feijó (DEM), deverão entregar seus cargos nos próximos meses para concorrer à Câmara dos Deputados, à Assembleia Legislativa ou ao Senado Federal. Apesar de ainda não confirmarem as intenções de suas candidaturas, não há dúvida entre os aliados da necessidade que seus secretários concorram ou mantenham seus mandatos, evitando assim a "dança das cadeiras". No governo, o PMDB deverá entregar até abril ao menos três secretarias. Marco Alba (Habitação), Márcio Biolchi (Desenvlvimento e Assuntos Internacionais) e Osmar Terra (Saúde) irão concorrer. Os dois primeiros ao Parlamento gaúcho e Terra à Câmara Federal, onde tentará manter a cadeira da qual está afastado. O PPS entregará duas secretarias. Paulo Odone (Copa) e Berfran Rosado (Meio Ambiente). O objetivo do partido, além de manter o mandato estadual de Odone, será conquistar mais uma cadeira na Câmara Federal com Berfran. O PTB entregará a Secretaria da Administração hoje ocupada por Elói Guimarães. Segundo o partido, ele deverá concorrer a uma vaga no Senado Federal. José Speretto (Turismo) também deixa o primeiro escalão para tentar uma vaga como deputado estadual. O vice-governador, Paulo Feijó, deve renunciar ao cargo para concorrer a deputado federal. Ele confirma que até o dia 2 de abril não ocupará mais o cargo. Filiado ao Democratas, em 2006, Feijó concorreu ao lado da então candidata Yeda Crusius depois de um acordo firmado entre PSDB e DEM. Na ocasião, abriu mão de uma candidatura ao Senado.
Já o PP abrirá mão das secretarias de Cultura e de Ciência e Tecnologia. Isso para que Mônica Leal e Artur Lorentz conquistem um assento na Assembleia.