29/12/2009 CORREIO DO POVO
Taline Oppitz
A demora na liberação do empréstimo de R$ 94 milhões do governo do Estado junto à União está prestes a se tornar mais um impasse político. No final de novembro, o Piratini encaminhou ao Banco do Brasil o pedido de crédito do Programa Emergencial de Financiamento, disponibilizado com recursos do BNDES para compensar a redução de repasse de verbas federais a estados e municípios devido à queda da arrecadação. No Rio Grande do Sul, os repasses da União de origem tributária e da Lei Kandir estão em R$ 421 milhões abaixo do previsto em 2009, cerca de 21%, e de 10% quando comparados ao mesmo período do ano passado. Apesar de os documentos terem sido encaminhados à Secretaria do Tesouro Nacional há mais de um mês, até agora não houve resposta sobre a disponibilização dos recursos. Além de contatos do secretário da Fazenda, Ricardo Englert, com representantes do BNDES e da Secretaria do Tesouro Nacional, a própria governadora Yeda Crusius fez manifestações públicas sobre o episódio e telefonou para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em busca de informações. Nada de concreto foi dito.
Retaliação?
Um dos fatores que tem contribuído para a tese de que há demora na liberação dos R$ 94 milhões ao Rio Grande do Sul é o fato de as dificuldades estarem sendo enfrentadas também por outros estados do país. Todos eles administrados por governadores tucanos.