22/10/2009 CORREIO DO POVO
A CPI da Corrupção teve apenas um dos dois depoimentos previstos para a noite de ontem. Horas antes de iniciar a sessão, o proprietário da Atento Service, Gilmar Justos, pediu adiamento de seu depoimento, que ficou para a próxima segunda-feira. Único a depor, o chefe da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), Roberval Silveira Marques, afirmou que em nenhum momento recebeu pressão de secretários de governo ou de outras pessoas para reconhecer a dívida de R$ 16 milhões com a empresa.
Roberval, no entanto, garantiu que esteve com o ex-secretário da Transparência Otaviano Brenner de Moraes, o ex-diretor do DetraSérgio Buchmann, e três representantes da empresa que cobravam a suposta dívida. Conforme Roberval, o contrato firmado pelo Detranão previa o pagamento de qualquer valor à empresa. "De início, se verificou a impossibilidade de se confirmar a dívida. No entanto, nunca fui pressionado para reconhecê-la", ressaltou. Embora o Ministério Público tenha solicitado levamento da situação dos mais de seis mil veículos colocados no depósito da empresa, ele garantiu não ter pessoal para isso. "Somos apenas 14 auditores na Cage. Não temos condição de fazer um trabalho de perícia em 6 mil automóveis", ponderou.