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27/08/2009 CORREIO DO POVO
Disputa pelo comando marca abertura da CPI
O clima ameno dos 30 minutos de duração da solenidade de instalação da CPI da Corrupção, ontem, não se traduziu, na prática, nos atos da oposição e da base aliada ao governo do Estado. Antes mesmo do ato, coordenado por Ivar Pavan (PT), presidente da Assembleia Legislativa, os dois lados cumpriram o que haviam anunciado e iniciaram a disputa pela condução dos trabalhos da comissão. Governistas e oposicionistas discordam sobre o planejamento a ser seguido e, principalmente, a lista de depoentes.
A oposição começou com artilharia pesada. Em nome da agilidade e da garantia das investigações, protocolou 11 requerimentos de busca de documentos e depoimentos, incluindo nomes de integrantes do governo estadual e próximos da governadora Yeda Crusius (PSDB). As investigações incluirão o Detran gaúcho e, segundo Stela Farias (PT), presidente da CPI, outros dois núcleos: a compra da casa da governadora e a Operação Solidária.
Vai encontrar resistência na base aliada, que já avisou que irá rejeitar os pedidos de depoimentos, o que poderá obstruir os trabalhos e até mesmo levar a discussão para a esfera judicial.
O deputado estadual Coffy Rodrigues (PSDB), eleito relator da CPI por oito votos a quatro, se opõe ao plano da oposição. Ele discorda de Stela Farias sobre a responsabilidade do planejamento da comissão e prepara, por isso, o seu próprio projeto de atuação da CPI. 'A apresentação do plano de trabalho é de responsabilidade do relator', defendeu ontem, logo após ter sido eleito.