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19/08/2009 CORREIO DO POVO
Polícia Federal indicia assessora da governadora
A Polícia Federal (PF) do Rio Grande do Sul indiciou ontem à tarde a assessora pessoal da governadora, Walna Vilarins Meneses, por formação de quadrilha e corrupção passiva. Com depoimento marcado para às 15h, Walna chegou minutos antes e entrou pela garagem da sede da PF para evitar o assédio no lado de fora do prédio. Na sala onde prestaria esclarecimentos, Walna preferiu o silêncio.
Conforme o advogado Norberto Flach, que faz a defesa da assessora, havia a informação de que o delegado já tinha tomado a decisão de indiciá-la. 'O silêncio dela foi em decorrência do indiciamento', ponderou. Segundo ele, parte do inquérito, que tem pelo menos 400 páginas e faz parte da Operação Solidária, é baseada em transcrições de diálogos entre Walna e Neide Bernardes. 'Não há nesse inquérito qualquer assunto relacionado com licitação, construção de estradas ou barragens', disse.
De acordo com Norberto, a defesa respeita a decisão do delegado. No entanto, alega que ela se dá mais por especulação do que por elementos. 'Li o inquérito e não encontrei elementos para confirmar essas informações', destacou. Norberto contestou ainda a forma como ocorreram as transcrições dos áudios entre as duas, mas garantiu que continuará acompanhando as investigações. 'Não há transcrição total dos diálogos. Existem apenas trechos das conversas editados', acrescentou.
O superintendente da Polícia Federal no Estado, Ildo Gasparetto, ressaltou que a PF abriu investigação no dia 27 de julho a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Segundo Gasparetto, o delegado responsável pelo caso tem até o dia 25 de agosto para apresentar o relatório ou pedir mais tempo para o MPF a fim de concluir as investigações. Na lista de indiciados do inquérito constaria ainda mais três nomes, além de Walna.