15/07/2009 ZERO HORA
Editorial
No caso do Rio Grande do Sul, a Secretaria da Fazenda calcula que, mesmo tendo gasto menos no primeiro semestre e ainda que as receitas venham a registrar alguma recuperação a partir de agora, as perdas dificilmente serão recuperadas na totalidade. Obviamente, a queda no volume de impostos se deve à crise econômica global e o aperto fiscal é a única alternativa que pode se mostrar eficiente no momento, em âmbito estadual e federal. Ainda assim, é importante que a economia de gastos e os cortes possam se restringir mais ao custeio da máquina pública. A área governamental vinha sendo particularmente favorecida no período de expansão econômica, a ponto de algumas categorias de servidores terem sido contempladas com reajustes salariais significativos.
O contribuinte, que arcou com um custo elevado para assegurar condições favoráveis ao crescimento, mal teve tempo de se beneficiar dos ganhos. É injusto que venha a ser afetado por providências que poderiam ser evitadas se o rigor fiscal fosse uma prática permanente e não apenas uma alternativa em momentos de maior dificuldade.