14/01/2020 Correio do Povo
O governo do Estado quita hoje os salários de dezembro de 2019 dos servidores públicos gaúchos. Na prática, são apenas 15 dias de atraso, já que isso deveria ter ocorrido até o último dia do mês passado. O apenas tem justificativa, uma vez que os parcelamentos completam quase 50 meses e já chegaram a atingir 45 dias de atraso, em setembro de 2019. Apesar da possível boa notícia aos servidores, é importante ressaltar que isso ocorre em função de ingressos extras de recursos no caixa do Estado, que são tradicionais nesse período do ano, como o próprio governo reconhece. Houve um aumento na arrecadação no final de 2019, o que deve seguir nos primeiros meses deste ano. Associado a isso, ocorreu a entrada de receitas extraordinárias, como os R$ 720 milhões do Refaz, R$ 250 milhões da cessão onerosa do pré-sal e a arrecadação antecipada do IPVA. Porém, esse mesmo ingresso não está previsto para os demais meses. Assim, a intenção do governador Eduardo Leite (PSDB) de colocar os salários do funcionalismo (efetivamente) em dia segue distante, como reconhece o secretário estadual da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso. “Para isso (colocar os salários em dia permanentemente) a gente precisa que os projetos da reforma avancem, de melhorias na receita, e estabilizar a questão da dívida, com a adesão ao regime (de Recuperação Fiscal). O objetivo não é um mês. É ter uma garantia de que os salários não voltarão a atrasar”, afirmou o secretário, ontem. n Presidente da Assembleia Legislativa, Luís Augusto Lara (PTB), fará na próxima quinta-feira, prestação de contas da gestão. No dia 3 de fevereiro, o deputado Ernani Polo (PP) assume o legislativo. n O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) registrou queda de 17% nas novas denúncias de irregularidades trabalhistas ao longo do ano passado. Em 2019, foram 6.401 registros, contra os 7.797 realizados em 2018. n “Democracia em Vertigem” foi indicado ao Oscar na categoria Melhor Documentário. Nas redes sociais, o assunto predominou ao longo do dia e a polaridade das reações não surpreendeu. Colaborou Lucas Rivas Desfecho Na queda de braço entre governo e professores, o Cpers realiza hoje assembleia geral para decidir se aceita ou não a proposta do Executivo para retomar as aulas. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, a última atualização indica que 37 escolas estejam em greve total no Estado, o que aponta um esvaziamento no movimento. No encontro, também serão definidos os próximos passos da mobilização contra o pacote de projetos de Eduardo Leite, que deve voltar à discussão na Assembleia no final deste mês.