24/10/2019 Correio do Povo
Vencida a Reforma da Previdência, que agora depende apenas da promulgação pelo Congresso, as atenções em Brasília se voltam para outras pautas de interesse do Planalto e, em alguns casos, também de estados e municípios. Entre elas, a reforma tributária e a PEC Paralela, alternativa colocada em prática pelo Senado diante da resistência de deputados federais que deixaram de fora do texto da Previdência a aplicação automática das alterações em estados e municípios. A estimativa é a de que o relator, Tasso Jereissati (PSDB), apresente seu parecer ainda nesta semana. Confirmada a expectativa, a PEC deve ser votada até a primeira semana de novembro na comissão e pode chegar ao plenário do Senado em meados de dezembro. A proposta permitirá a adesão à reforma por governadores e prefeitos com a aprovação de adequações pelos legislativos e reforçará a economia projetada pela União com as alterações. O texto, no entanto, depende de aval posterior da Câmara e o desfecho por lá dependerá de articulação para vencer as resistências. Enquanto isto, o Planalto ainda comemora a aprovação da Reforma da Previdência, classificada como essencial para a sobrevivência do país. O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (Dem), chegou a fazer projeção mais que ousada, em julho, enquanto defendia as medidas. “Quando a reforma for aprovada em segundo turno no Senado, vamos passar em um portal rumo à prosperidade. Nesse dia vamos dormir no Brasil e acordar em algo parecido com a Nova Zelândia, a Austrália, o Canadá, o Chile”, disse Onyx à época. Em tempo: o Planalto mais atrapalhou do que ajudou no caso da Reforma da Previdência, que avançou e foi aprovada, especialmente, por interesse do próprio Congresso