21/07/2017 Rádio Guaíba
O governador José Ivo Sartori disse na manhã desta sexta-feira que a renegociação da dívida do Rio Grande do Sul com a União é uma prioridade da sua gestão, que trabalha com déficit de R$ 25,5 bilhões até 2018. Em entrevista ao Programa Agora, da Rádio Guaíba, Sartori revelou que a crise nacional provocou ações de contingenciamento buscando um orçamento realista para o Estado e o País.
O governador foi a Brasília nesta semana para conversar com o presidente Michel Temer. O objetivo da visita era esclarecer pontos do texto de renegociação da dívida. “Fomos mostrar ao presidente Temer que a regulamentação da lei de regime de recuperação fiscal dos estados tem diversas interpretações”, destacou. Afirmou que a lei não pode ser regulamentada sem que o governo gaúcho seja ouvido.
De acordo com Sartori, houve aumento da parcela da dívida (R$ 150 milhões ao mês), pois o Estado teve a possibilidade de realizar um plebiscito para negociar a CEEE, Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Sulgás, mas a o Legislativo barrou a proposta e, com isso, a situação financeira deve se agravar nos próximos meses. Sartori afirmou que busca em Brasília um pré-pacto que seja de comum acordo com a União. “Nós temos outros bens, como terras e imóveis, mas queremos uma valorização para as medidas tomadas até agora pelo Piratini, que são a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, a Previdência Complementar e a LDO realista”.
Salientou que o RS é um estado exportador e precisa ser melhor recompensado. Afirmou categoricamente que não entrou em discussão a negociação do BRDE em sua conversa com Temer.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de concorrer à reeleição, Sartori foi evasivo, alegando que se confirmasse, estaria tomando uma atitude para agravar as finanças do Rio Grande do Sul, mas em caso contrário, também criaria um problema. Ressaltou que não está olhando para a próxima eleição, mas para soluções às próximas gerações.