27/01/2012 CORREIO DO POVO
Foi em uma cerimônia curta e prestigiada que teve fim a pendenga judicial que se arrastava há praticamente duas décadas, entre a União e a CEEE. Em sua manifestação, a presidente Dilma Rousseff disse que tinha convicção de que a Justiça estava sendo feita. A presidente fez questão de ressaltar, porém, que, apesar de sua ligação afetiva com o Estado e do fato de o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, e de o advogado-geral da União, Luís Adams, serem gaúchos, o governo agiu apenas agora, pois não poderia se antecipar à decisão da Justiça em última instância. O governador Tarso Genro, que falou antes da presidente, no entanto, fez questão de levar o desfecho do caso para o campo político. Nos poucos minutos de seu pronunciamento, Tarso destacou que o pagamento da dívida histórica "consagra" a tese, defendida desde a campanha eleitoral, de que a relação entre os governos federal e gaúcho seria qualificada em sua administração.
Dois anos depois
Em tempo: a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a dívida da CEEE transitou em julgado em 2010. O caso se arrastou ainda mais devido a recursos protelatórios da União.
Sem mágoa
Citado por Dilma apenas como deputado na cerimônia de pagamento da dívida com a CEEE, Vieira da Cunha disse não estar magoado por sua participação na ação, como presidente da companhia, não ter sido mencionada. "Dilma citou Gerson Carrion, que me deu todo o aconselhamento técnico. Tínhamos uma diretoria colegiada. Me senti prestigiado", disse Vieira, que é cotado para o Ministério do Trabalho.
TALINE OPPITZ