06/04/2020 GaúchaZH
Entrando na terceira semana com medidas de restrição e isolamento social em Porto Alegre, o prefeito Nelson Marchezan falou sobre o avanço da pandemia de coronavírus na cidade em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, desta segunda-feira (6).
Conforme o último balanço da Secretaria Municipal da Saúde, divulgado na noite de domingo (5), a Capital tem 251 casos confirmados e quatro mortes pela covid-19. Mais de 50 pessoas já se curaram da doença.
— Hoje, infelizmente, o número de pessoas testadas não é tão significativo para a gente avaliar as medidas. (...) É cedo ainda pra termos um resultado — afirmou Marchezan.
Questionado sobre um possível afrouxamento do isolamento social e das medidas restritivas, o prefeito disse que, na análise desta segunda-feira, "nada muda" em abril em Porto Alegre. Marchezan frisou, contudo, que "talvez daqui a uma semana tenhamos dados diferentes".
— Sem dúvida, o mês de abril será um mês significativo (para avaliar as medidas). Passando maio, independente disso, o vírus continuará entre nós. Nossas vidas não serão iguais (...) É importante que a gente se prepare não só para abril, mas para um ano muito diferente de anos anteriores —disse.
O prefeito também foi questionado sobre as cenas vistas no fim de semana, de muitos porto-alegrenses aproveitando o domingo de sol e temperatura agradável para passear pela cidade. GaúchaZH mostrou que, no final da tarde, a orla do Guaíba registrou um movimento considerável, embora bastante abaixo do que costumava ser antes da pandemia.
— Sempre que as pessoas acabam se entusiasmando, achando que (o vírus) não vai chegar nelas, acabam nos preocupando. Não é o nosso intuito assustar. Mas se as pessoas vão aos parques, que façam a higiene do seu condomínio, que tentem horários sem aglomerações, que não façam rodinhas de conversa. Em tese, a pessoa descer e sair da sua residência, dar uma volta de meia hora, isso, em tese, não vai oferecer risco, com todos os cuidados de higiene. Estes vírus vai ficar conosco por vários meses sem termos uma vacina, por isso estes hábitos têm que ficar com a gente — declarou.