23/01/2020 Correio do Povo
O governador Eduardo Leite acatou parte das mudanças solicitadas pelos deputados aliados, feitas ao longo das últimas três semanas de reuniões, e encaminhou, no final da tarde de ontem,opedido de convocação extraordinária. Apesar da última reunião entre os deputados e articuladores, na terça-feira, ter terminado sem acordo, todos os sete projetos que faltavam do pacote de reforma foram incluídos. Porém, destes, dois não tiveram alterações e cinco sofreram novas redações. Mesmo assim, o governo já sinalizou que a PEC 285 e o PLC 509 receberão emendas parlamentares. “Nós, do governo, ouvimos as demandas, acolhemos muitos dos pontos que foram levantados e fizemos alterações nas propostas. Acredito que todo o esforço foi feito para que os projetos pudessem estar em condição de aprovação”, afirmou Leite. Com as mudanças, o governador adiantou que o impacto inicialmente previsto, se os projetos fossem aprovados na íntegra, passou de R$ 25,4 bilhões para os próximos dez anos para R$ 18,7 bilhões no mesmo período, sendo que R$ 13,9 bilhões relativos à previdência e R$ 4,8 bilhões do restante. Com o protocolo, as bancadas deverão avaliar novamente os textos. Mesmo assim, os articuladores do Executivo apresentaram confiança na aprovação dos projeto. Mas, as votações não serão fáceis. No caso do projeto da previdência dos militares, o MDB já confirmou que votará contra, caso o governo não mude o texto. A convocação foi entregue ao presidente da Assembleia, Luís Augusto Lara, que assegurou que o Parlamento irá discutir as propostas.