02/12/2019 Correio do Povo
Podem ser divididas em três conjuntos as reivindicações por mudanças no projeto de lei que altera o plano de carreira do magistério. Pressionados por suas bases regionais, os deputados aliados estudam modificações que aumentem os valores dos subsídios a serem pagos aos professores estaduais como um todo; que melhorem de forma proporcional a diferença nas remunerações entre o início da carreira e o final; e que preservem a parcela autônoma, de forma que reajustes não acabem sendo “descontados” dela. Pela tabela atual, a remuneração de um professor de primeiro nível/primeira classe é de R$ 1.260,20. E do último nível/última classe fica em R$ 3.780,60. Pela proposta do governo, os valores melhoram no início (R$ 2.557,80), mas não no final (R$ 3.887,30). As passagens entre níveis ficam mais difíceis. E uma série de mudanças é introduzida no Artigo 7° do plano de carreira, para tratar da absorção ou não da parcela autônoma e de sua relação com a eventual concessão de reajustes. Professores e deputados indicam esta parte do texto como especialmente dúbia. A Secretaria do Planejamento tem prontas alternativas à proposta inicial do Executivo, mas, em função da repercussão do assunto na Assembleia, os deputados admitem que é muito difícil “amarrar todas as pontas” para votar o PL do magistério em regime de urgência ainda este ano. E assinalam que, a partir desta semana, a posição do governo Eduardo Leite sobre a alteração nas regras da previdência dos militares vai abrir outra frente de “problemas”.