09/10/2019 Correio do Povo
O governador Eduardo Leite (PSDB) está encaminhando ao Poder Legislativo uma reforma administrativa que mexe em vários pontos na vida funcional dos servidores, embora, como ele mesmo frisa, serão preservados os direitos adquiridos. Os itens a serem alterados são as chamadas vantagens funcionais, que envolvem chamadas vantagens temporais, em gratificações, no plano de carreira do magistério e na previdência incidindo em idade, alíquotas e tempo de serviço. Como se sabe, o Estado precisa encontrar um equilíbrio fiscal como forma de garantir a remuneração em dia dos seus colaboradores e de prestar os serviços devidos à coletividade em saúde, educação, segurança, entre outras áreas. Essa necessidade premente, todavia, não pode ser gerenciada de forma a que os servidores, que não são responsáveis pelas dificuldades econômicas do poder público, acabem tendo prejuízos. Muitos galgaram seus cargos com mérito e esforço e merecem ser valorizados. Todavia, eles devem estar abertos ao diálogo para que as proposições do Executivo, que abrangem todos os poderes, sejam analisadas com bom senso e disposição para o debate a fim de que se atinja o consenso possível. Outrossim, o parlamento gaúcho, com sua costumeira seriedade para tratar dos interesses maiores da comunidade gaúcha, certamente terá muito a contribuir no aperfeiçoamento das propostas vindas do Palácio Piratini.