09/04/2019 Jornal do Comércio
Ministro-chefe da Casa Civil e governador do Rio Grande do Sul fazem balanços semelhantes dos 100 primeiros dias de governo Palestrante na noite de ontem do Fórum da Liberdade, na Pontifícia Universidade Católica do Estado (Pucrs), o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni optou por iniciar sua fala intercalando citações bíblicas com parte da história que culminou com a chega de Jair Bolsonaro ao Planalto. Descrevendo Bolsonaro como um “improvável deputado que chegou à presidência”, lembrou das críticas ao plano de governo, por adversários e pela mídia, como pouco profundas. Segundo ele, “cabia no whatsapp”, pela simplicidade, mas “agora já mostraria que a simplicidade do plano está atingindo objetivos. “Estamos chegando aos cem dias de governo fazendo muitas entregas e, principalmente, apresentando um novo modelo de Previdência”, resumiu Onyx, descrevendo o atual governo e o momento brasileiro como um “portal de prosperidade”. Em uma curta sequência de perguntas e respostas organizadas pelo fórum, foi questionado sobre as marcas positivas e negativas dos primeiros 100 dias de governo. Respondeu, no entanto, apenas sobre o que considerou positivo, evitando autocriticas. “Fizemos muitas entregas, de um novo modelo de Previdência ao pacote anticrime; o programa de desestatização e os programas de privatização tiveram êxito. Basta ver a disputa pela ferrovia Norte-Sul e pelos aeroportos”, listou o ministro-chefe da Casa Civil. Onyx falou ao público logo após o governador do Estado, Eduardo Leite, também defender às privatizações no Estado e a necessidade de reforma da Previdência. Também analisando os primeiros meses de governo, Leite disse que o que mais ouviu até agora são pedidos de recursos para obras de pavimentação, reforma de escolas e equipamentos para hospitais. “E sou obrigado a dizer ao cidadão que o que ele paga de impostos não vai voltar para ele nessa forma de serviços, porque os recursos são drenados pelo Para Onyx Lorenzoni, ações de Bolsonaro estão no caminho certo MARCO QUINTANA/JC déficit da Previdência, hoje em mais de R$ 12 bilhões”, destacou o governador. A carência de recursos, disse Leite, torna ainda mais necessária as privatizações de algumas estatais, como de energia. O governador comemorou, porém, a revisão já iniciada nas carreiras de servidores públicos, como o fim da licença-prêmio com um dos ajustes necessários para começar a equilibrar as finanças do Estado. “E estamos fazendo tudo isso com o apoio da Assembleia Legislativa” Ao encerrar, fazendo alusão ao hino do Estado, Leite disse que outros estados também devem servir de modelo ao governo gaúcho. Apesar de não citar quem seriam as boas referências de gestão pública estadual, destacou buscar exemplos em outras paragens. “Outros estados também podem nos mostrar onde o Estado e o governo devem estar presentes e onde não”, afirmou Leite