04/01/2011
Cerca de 200 pessoas participaram da posse do novo secretário da Fazenda, Odir Tonollier, que aconteceu na manhã de hoje (03). Tonollier afirmou estar otimista com o trabalho que será desenvolvido e não poupou elogios à equipe de servidores da pasta. "A Fazenda tem bastante capacidade de trabalho, muito conhecimento e quadros qualificados", disse.Transmitindo mensagem do governador Tarso Genro, Tonollier afirmou ainda que ele (governador) aposta na Fazenda e espera "esforço, comprometimento e vigor" na busca de recursos devidos ao Estado e ainda não recolhidos, bem como um controle rígido da despesa pública. "Não há espaço para novos gastos", entende o secretário. Para Tonollier, o desafio é fazer melhor com qualidade e disciplina, já que o dinheiro é o mesmo.
Estado continuará tendo limites
O novo secretário lembrou o esforço dos governos passados para atingir o equilíbrio fiscal. "Cada um deu sua contribuição e fez sacrifícios", elogiou Tonollier. O secretário citou ainda o longo e rigoroso ajuste fiscal por qual o Rio Grande do Sul vem passando. "O Estado teve limites e ainda continuará tendo por algum tempo para exercer um papel forte na melhoria do serviço público", destacou Tonollier, que disse ainda ter o RS pago um "preço caro" pelos déficits passados. "Não abriremos mão do equilíbrio fiscal", concluiu.
Transição pacífica
Ponto comum de todos os discursos na cerimônia de posse do novo secretário, a transição dos governos dentro da Fazenda foi classificada como pacífica e profícua. Para o novo secretário adjunto da Fazenda, André Paiva, o "espírito democrático e público" foi responsável por constituir um espaço "bom e tranquilo" para assumir a Fazenda. Opinião compartilhada pelo seu antecessor, Leonardo Gafrée, que desejou sucesso para a gestão que ora inicia seus trabalhos.
Ex-secretário chora na despedida
Motivo de brincadeira entre os seus colegas de Fazenda, o ex-secretário da Fazenda, Ricardo Englert, provou, mais uma vez, ser um homem que se emociona com facilidade e não segurou às lágrimas em sua última manifestação como comandante da Sefaz. Englert lembrou que quando o governo Yeda assumiu, o RS passava por momento difícil no que diz respeito às finanças públicas. "Entregamos o governo com um Caixa Único suficiente para pagar quatro folhas de servidores", comemorou, lembrando de conquistas da sua gestão como o crescimento de 60% de arrecadação e a contenção de 40% do gasto público. Esforço reconhecido pelo novo secretário. "Não começaremos do zero. Vamos começar a correr", afirmou Tonollier. Englert citou também avanços que a Sefaz obteve nos últimos quatro anos no que diz respeito ao quadro de servidores, como a aprovação das Leis Orgânicas e a nomeação de novos agentes fiscais do Tesouro do Estado.