28/09/2010
A candidata ao Senado pela coligação Confirma Rio Grande, Ana Amélia Lemos (PP), disse ontem, ao tomar café da manhã com lideranças e filiados ao Novo Sindifisco-RS e com a Afisvec, no Hotel Embaixador, que era preciso relembrar o recente caso de quebra de sigilo fiscal na Receita Federal do Brasil para perceber que, felizmente, isso nunca havia acontecido no Rio Grande do Sul, na fiscalização estadual. "Vejo o quanto é séria a atividade fiscal estadual. Cumprimento a categoria por tratar a atividade fiscal como uma carreira de Estado, que é como ela deve ser tratada. Isso é raro e parabenizo a postura de vocês por não estarem dentro de um processo que envergonha a todos nós. Foi um episódio lamentável", afirmou. Segundo ela, o episódio mostrou também o quanto é importante existir uma Lei Orgânica para fortalecer a carreira, a categoria, e impedir que ocorram coisas assim. "O que aconteceu lá é que pessoas recrutadas de outras áreas não seguiram e não tiveram o compromisso profissional que as carreiras de Estado tem aqui no Rio Grande do Sul." Sobre a reforma tributária, questão formulada pelo co-presidente do Novo Sindifisco-RS, João Antônio Almeida Marins, a candidata afirmou que as novas regras nunca são aprovadas por 'conflito de interesses entre Estados'. Na verdade, afirmou a jornalista, ninguém quer perder e todos querem ganhar. "É o mesmo insucesso da reforma política, onde ninguém quer perder. Mas é preciso fazer sim a reforma tributária. Mas eu falo em pacto federativo, que está acima da reforma e que pode terminar com os desequilíbrios e desacertos. É a saída política", afirmou. Antes, na abertura do evento, ao agradecer a presença da candidata ao Senado no café da manhã com a categoria, Marins já havia salientado que a carreira de Estado do fisco prima por servir sempre ao Estado, à sociedade. "Além do nosso trabalho, da nossa busca por receita onde ela esteja, temos também uma preocupação com a sociedade, com o todo. O que podemos fazer como carreira de Estado que possa atender ao todo?", perguntou Marins. Para ele, essa busca pelo bem comum deve recair sobre a reforma tributária, um tema que interessa a todos. Ele provocou a jornalista e candidata ao perguntar se ela entende que seja possível que se realize uma reforma tributária no País. O co-presidente do Novo Sindifisco-RS, Valmor Simonetti, ao saudar a convidada, destacou que já está tramitando em uma comissão especial da Câmara Federal um projeto propondo teto único nacional. "Quando a candidata Ana Amélia estiver lá no Senado, talvez possa dar o seu apoio ao nosso projeto", disse Simoneti. Ele salientou que outro tema a ser destacado é a Previdência Social Pública, que já está instalado em 26 estados e aqui no Rio Grande do Sul ainda tramita na Assembleia. O presidente da Afisvec, Abel Ferreira, disse que a candidata tem grande importância para o fisco gaúcho. De acordo com ele, a candidata é capaz e poderá chegar ao Senado levando a mensagem da categoria que pede uma LOAT nacional e um teto salarial único no País.