“A atual proposta da reforma na Previdência não é popular, nem efetiva, porque não resolve um dos problemas centrais: as vantagens fiscais. Enquanto esta parte não for atingida, não teremos uma mudança que realmente melhore o sistema. Antes de cortar direitos, é preciso rever o tratamento dado a receita”, afirma o diretor da Fenafisco para Aposentados e Pensionistas, Celso Malhani.
Na oportunidade, também foram abordadas questões, como o aumento contínuo das renúncias fiscais, (que já representam 4% do Produto Interno Bruto), e a importância da destinação da verba da Previdência Social para as cidades.
COMBATE
O relator da CPI da Previdência, senador Hélio José (PMDB/DF), conclamou a sociedade a fortalecer a mobilização contra a reforma previdenciária, e pediu o apoio na proliferação da mensagem de quem votar a favor não será reeleito nas próximas eleições. “Os traidores da pátria não podem estar aqui”, frisou o senador.
A senadora Fátima Bezerra (PT/RN), criticou a proposta do governo por retirar direitos do trabalhador em favor do mercado financeiro e elogiou o trabalho realizado pela da CPI da Previdência. “Os dados apresentados no relatório da CPI fez cair a máscara do governo, contestando suas falácias. Se falta recursos é porque há desvios por meio da DRU”, ressaltou.
Aprovado em outubro de 2017, o relatório da CPI sugere emendas à Constituição e Projetos de Lei, além de indicar uma série de providências a serem tomadas para o equilíbrio do sistema previdenciário brasileiro, como mecanismos de combate às fraudes, mais rigor na cobrança dos grandes devedores e o fim do desvio de recursos para outros setores.
A votação da reforma da Previdência está agendada para o dia 19 de fevereiro.
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